Existem diferentes níveis de perdão. Afinal, é muito mais simples fazer um exercício de empatia com um garçom de um restaurante que não faz a menor questão de ser simpático e pode até ser meio rude. Às vezes, trata-se de um profissional que está cansado, desmotivado e ganha muito pouco para trabalhar várias horas seguidas. Basta alguns minutos de reflexão para entender seus motivos e amenizar uma possível raiva passageira.
Porém, quando trata-se de alguém que você gosta e confia, ou então precisa conviver diariamente, a coisa muda (e muito) de figura! É como se existe uma lente de aumento sobre a mágoa e, naturalmente, esse exercício de empatia fica mais difícil. Mas, ele é igualmente necessário.
Quando estamos emocionalmente envolvidos dentro de uma situação como quando somos prejudicados por alguém, precisamos tentar conquistar um “olhar de fora”. Essa perspectiva é fundamental para entender o que existe por trás de atitudes e comportamentos desse indivíduo que de alguma maneira nos machucou.
Essa necessidade, que muitas vezes pode ser inconsciente, pode estar associada a problemas emocionais como a insegurança, baixa autoestima e complexo de inferioridade. Vamos dar um exemplo prático: sabe aquele colega de trabalho que sente ciúmes dos seus resultados e tenta sempre puxar seu tapete? Pois bem, na verdade, isso esconde um medo muito grande de rejeição e, em muitos casos, uma admiração profunda pela sua competência.
Se levarmos uma situação como essa para o plano racional, é possível economizar uma energia tremenda que seria canalizada em emoções densas e pouco produtivas. Pense bem: ficar remoendo a indignação pelas tentativas de boicote tiraria seu foco e sua concentração. Isso, certamente, iria prejudicar seus resultados.
É como costumam dizer por aí: “não perdoar é tomar uma dose diária de veneno e esperar que o outro morra”.
Inteligência emocional para aprender a perdoar
Quando é difícil “dissolver” a mágoa que nutrimos por alguém, geramos vários desequilíbrios no organismo. É aí que a inteligência emocional precisa entrar em cena! Esse conjunto habilidades permite um olhar mais amplo sobre o outro e, principalmente, sobre si mesmo. É uma espécie de escudo.
Perdoar é muito mais do que “ser bonzinho”, “good vibes” ou apenas colocar o orgulho em segundo plano. Perdoar significa liberar outro e, o mais importante: você mesmo. Afinal, quando não perdoamos permanecemos presos em uma situação que nos machuca.
Porém, para conseguir fazer isso, é preciso entender alguns gatilhos e padrões comportamentais, são eles:
Quais são as suas projeções
Muitas vezes, você não é magoado. Você dá o poder para alguém te magoar. Percebe a diferença? Quando passamos por situações como essas, acessamos memórias que despertam emoções que já nos fizeram sofrer em algum momento.
E, na maioria esmagadora dos casos, interpretamos as ações do outro de acordo com as nossas próprias crenças limitantes. Quando entendemos isso, percebemos que a pessoa nem tinha intenção de nos magoar. E aí o perdão pode ser acessado.
Eu erro, você erra, nós erramos
Aprenda a aceitar os erros: os seus e os dos outros. Responda sinceramente: Quantas vezes você teve um dia difícil e quando percebeu deu uma resposta atravessada para alguém que não tinha absolutamente nada a ver com isso?
Aprender a lidar com os erros é base de uma relação saudável com qualquer pessoa. Inclusive com você mesmo.
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