A Inteligência Emocional pode ser descrita como uma jornada que envolve vários elementos. Um desses elementos – na realidade o elemento principal -, é a habilidade para identificar e acolher as nossas emoções.
Todas elas. Sem exceção!
É importante pontuar que ter Inteligência Emocional não significa a ausência de emoções básicas como medo, raiva ou tristeza. O fato de desenvolver suas competências emocionais, não significa que você deixará de sentir determinadas sensações que são entendidas como “menos louváveis”.
Tendo ou não Inteligência Emocional, todos nós acessamos sentimentos que são tão agradáveis. E isso acontece diariamente. E nós precisamos deles.
O medo, por exemplo, é fundamental para nos proteger de situações ameaçadoras. Se o ser humano não sentisse medo, a espécie humana já teria sido extinta faz tempo. A mesma coisa é a raiva – que é uma emoção dona de uma potência avassaladora. Para o bem e para mal. Isso vai depender do que você escolhe fazer com essa raiva.
A agressividade, por exemplo, é a faceta mais conhecida da raiva, e também a menos inteligente. Mas é apenas uma faceta.
Quando a raiva é estrategicamente canalizada, ela nos move em direção às mudanças que são necessárias. Ela nos impulsiona, nos coloca em movimento, nos faz agir quando presenciamos uma injustiça ou quando a gente se sente invadido de alguma forma.
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Diferente da raiva, que é uma emoção expansiva, a tristeza por sua vez é reflexiva e, geralmente, costuma diminuir a velocidade metabólica do organismo. E isso tem um motivo: ela permite um momento de descanso que é essencial para ponderar, refletir e “limpar o terreno” para poder seguir em frente.
Reprimir as nossas dores e as nossas frustrações não é saudável a longo prazo.
E por isso a Inteligência Emocional surge como uma proposta muito importante nesse sentido e nos dá uma porção de ferramentas para olhar com mais respeito pras nossas emoções e poder organizá-las de uma forma mais inteligente e mais equilibrada.
A Inteligência Emocional é o fio condutor para conquistar mais bem-estar e satisfação. Ela amplia e estimula novas maneiras de pensar e de agir.
Como trabalhar a sua inteligência emocional?
O primeiro passo é a autopercepção emocional. É olhar para as emoções que surgem e entender o que elas estão querendo nos dizer naquele momento. É um exercício simples de reconhecimento.
Um exemplo: sabe aqueles dias que você sente uma grande dificuldade para se concentrar? Nessa hora é aconselhável parar e se questionar: nossa, o que será que anda minando a minha concentração? Será que estou assim por estar cansado, triste, eufórico, ansioso…enfim…O que fez eu me sentir assim? Foi uma situação específica, uma pessoa, um sentimento que eu ainda não resolvi dentro de mim?
O que eu posso fazer sobre isso neste momento para poder restabelecer a minha concentração? É se questionar.
Depois deste questionamento, vem o segundo pilar – que é mais desafiador – que é fazer escolhas. Depois que você passa a entender melhor sobre o seu funcionamento emocional, chega o momento de aprender a gerenciá-lo.
Muitas vezes não podemos controlar como nos sentimos, mas somos completamente capazes de ter total controle sobre como reagimos diante dessa emoção. São as nossas pequenas escolhas diárias que influenciam, de forma estrondosa, a nossa rotina e a nossa vida com um todo.
Quando é possível identificar que estamos no caminho certo?
Existem várias formas de identificar se estamos ou não agindo com consciência emocional e uma dessas formas é olhar para a saúde das nossas relações. Pode até parecer paradoxal em um primeiro momento: a premissa da Inteligência Emocional é o autoconhecimento, a autopercepção – e isso é caminho solitário. É algo que que só você pode fazer e ninguém pode percorrer esse caminho por você.
Mas, em contrapartida, é no encontro com o outro que isso é posto em prática de fato. Nos conhecemos pela forma como lidamos com as pessoas a nossa volta. Ou seja: é no encontro que a sua inteligência emocional pode ser testada, aplicada e validada.
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