Para algumas pessoas comer significa muito mais do que uma necessidade física. Se torna um vício. A compulsão alimentar é algo extremamente doloroso e desafiador. Afinal, diferente de um alcoólatra, que quando decide parar de beber e suspende completamente o uso, uma pessoa que come de forma compulsiva não pode deixar de se alimentar.
Além de ser vital para o organismo, a comida é extremamente acessível e está presente em todos os ambientes sociais. O que torna a compulsão alimentar algo complexo.
O tema não é exclusivo da pauta estética. É um problema (grave) de saúde pública. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um em cada oito adultos sofre com a obesidade. A entidade faz uma projeção nada animadora: até 2025 teremos cerca de 2,3 bilhões de pessoas com excesso de peso.
A compulsão alimentar pode derrubar a autoestima e causar verdadeiros estragos na vida social de um indivíduo. Fora isso, é responsável por doenças como diabetes, hipertensão, acúmulo de gordura no fígado e até câncer.
A origem da compulsão alimentar
Comer é uma das principais fontes de prazer das pessoas. Por esse motivo, é possível cometer alguns excessos e acabar ganhando peso. Para algumas pessoas, porém, basta reduzir o número de calorias com uma dieta mais regrada e incluir exercícios na rotina e pronto. Afinal, eliminar peso é questão de cálculo.
Mas, para uma parcela das pessoas, não é bem assim que funciona. A comida é responsável por suprir um vazio emocional e é aí que nasce a compulsão alimentar.
Como lidar com a compulsão alimentar
Você realmente está com fome?
O primeiro passo é entender que tristeza não é fome. Raiva não é fome. Alegria não é fome. Pare para refletir: naquela tarde que você devorou um pacote inteirinho de bolacha (ou biscoito, caso prefira) numa tacada só, você estava com fome? Ou será que era ansiedade, nervosismo ou um simples tédio?
Preste atenção no ciclo das emoções
A ansiedade chega e você desconta em uma refeição muito calórica. Logo em seguida bate o arrependimento e você pensa: “por que não pedi uma salada e uma proteína grelhada?” Aí você é acometido pela culpa e pensa: “falhei, mais uma vez”. Acaba ficando ainda mais ansioso e: “ bom, já que eu estraguei tudo mesmo, vou aproveitar hoje e amanhã eu volto para a dieta”. E pronto: passa o dia se entupindo de “porcarias”. Trata-se de um ciclo vicioso e, para sair dele, é preciso que você entenda o fluxo das emoções que o compõe.
A comida não é sua inimiga
Sim, a comida não é a grande vilã da sua vida. Ela não é sua inimiga e nem a sua companheira. A comida é, simplesmente, comida. Para eliminar a compulsão alimentar, é fundamental estabelecer uma relação positiva com os alimentos que você consome.
Sempre encontraremos situações que fogem do nosso controle, porém, o equilíbrio reside na forma como reagimos a elas. Portanto, experimente encarar de maneira diferente algum alimento que você goste muito.
Exemplo: quando você sentir uma vontade de tomar um sorvete de chocolate, vá até a padaria e escolha a sua marca preferida. Olhe para a guloseima com afeto. Sem raiva e sem medo. Abra, sinta o cheiro para estimular as papilas gustativas e tome o sorvete devagar, com atenção plena. Esse exercício irá permitir com que você possa saciar a sua vontade sem descontrole. Não existe nada de errado com um sorvete, o que precisa mudar é a sua relação com ele.
Se você sente que chegou o momento de cuidar do melhor do seu corpo, da sua saúde e das suas emoções, conheça o Método MD e elimine padrões comportamentais que impactam sua vida negativamente. Com o treinamento você, certamente, irá viver a vida de forma mais leve e feliz! Como? Com escolhas mais saudáveis e com autorresponsabilidade.