Qual a relação entre o comportamento daquele que sempre se diz vítima das situações e a célebre frase do filósofo Jean Paul Sartre “o inferno são os outros”? Transferir a culpa é uma atitude quase automática de muita gente. O objetivo deste artigo é fazer uma reflexão sobre a relevância da autorresponsabilidade e sua importância para qualidade de vida.
Quem costuma se colocar sempre no papel de vítima acredita que são os outros os verdadeiros responsáveis por tudo de desagradável que ocorre em suas vidas. Sempre procura encontrar culpados pelos seus próprios fracassos e injustiças cotidianas. Estão sempre em busca de atenção, perpetuando um ciclo vicioso em suas relações. A famosa vítima de tudo e de todos.
A dificuldade de reconhecer as próprias falhas, culpar o fator externo e aceitar a responsabilidade pessoal é o perfil do vitimizado nas relações. E, quase sempre, está ligado a ressentimentos existentes, a eventos passados mal resolvidos.
Enfrentar obstáculos e buscar meios para superar as adversidades faz parte do percurso da nossa existência. E a perda é parte deste processo. Todos nós estamos sujeitos a dor, ao sofrimento e nos colocarmos como vítimas das circunstâncias poderá nos levar a uma caminhada de fracassos e de solidão.
Façamos, então, um exercício que nos leve a assumir o nosso protagonismo e ter a exata noção de que não há vítimas nesse palco. Que aprendamos a assumir os nossos papéis, de nos colocar no lugar do outro, de não ter pena de si próprio e perceber que, no fim das contas, estamos todos em um processo de constante evolução.
Estratégias para desenvolver mais autorresponsabilidade
- Reconhecer e encarar a própria raiva sem projetá-las no outro.
- O mundo não deve nada a você, portanto, pegue as rédeas de sua vida e siga em frente ao invés de se lamentar com aquilo que considera justo ou injusto.
- Cuide da sua autoestima e afaste pensamentos negativos com ideias positivas sobre si mesmo.
- Seja o protagonista de sua vida com responsabilidade e ações construtivas. Você é dono de seus sentimentos e ações.
- Faça um diário e registre seus sentimentos.
- Pratique algo que lhe dê prazer
- Adote um estilo de vida saudável. Isso ajudará a regular o seu humor e compreender suas emoções.
- Seja gentil com você mesmo, perdoe-se e aprenda a recomeçar e seguir em frente.
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Outra dica é perguntar, a si mesmo, quais evoluções obteve nos últimos anos e quais os padrões repetidos e dos quais ainda não foi capaz de se libertar e modificar.
A partir das respostas encontradas, faça uma reflexão dos aprendizados obtidos e coloque em prática aquilo que pode parecer clichê: a sua vida depende exclusivamente de você, as suas escolhas são apenas suas e ninguém é responsável por elas. Nada nem ninguém a fará mudar enquanto não se permitir dissolver aquilo tudo que faz com que permaneça no mesmo lugar.
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