Basta uma rápida “escrolada” nas plataformas digitais para sermos nocauteados com as melhores paisagens, viagens, looks, drinks… E, junto com essa enxurrada de imagens lindas, vem aquela impressão de que a vida digital do outro beira a perfeição. Por isso, a proposta do artigo de hoje é fazer uma reflexão sobre a relação entre as redes sociais e ansiedade. Será que saber tudo sobre o outro (o tempo todo) anda nos deixando mais angustiados?
Bom, segundo a pesquisa realizada pela Royal Society for Public Health, instituição de saúde pública do Reino Unido, parece que sim. Jovens entre 14 e 24 que foram avaliados, apresentaram baixa autoestima, insônia, quadros de depressão e ansiedade ocasionados pelos longos períodos que passam nas redes.
Diversas organizações apontam que vivemos em uma era ansiosa que é liderada pela geração millenials. Essa faixa etária parece estar sempre com aquele sentimento de inadequação. Ou então sente que está sempre perdendo algo e, essa tendência pode ser endossada pelas redes sociais.
Redes sociais e ansiedade: acolha as imperfeições da vida
Na contramão de tantos filtros e edições, a tendência em acolher as imperfeições está ganhando cada vez mais espaço. Basta prestar atenção na nova roupagem publicitária que grandes marcas do nicho de moda e beleza andam adotando nos últimos anos. Com um tom mais irregular, orgânico. Real mesmo.
Essa nova comunicação, voltada para inclusão, trata-se de uma questão vital para o bem-estar. Afinal, precisamos combater essa grande vilã: a ansiedade geral que marca os tempos atuais. A impressão que temos, é que ninguém aguenta mais engolir goela abaixo receitas prontas e plastificadas.
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Imperfeição ou diferenciais?
A vida no ambiente digital pode ser editada, conter apenas os melhores momentos e render muitos likes e elogios. Um prato cheio para quem anda com a autoestima baixa e precisa de boas doses de pertencimento. Mas, como é possível criar uma blindagem emocional e se proteger dos aspectos tóxicos que as redes sociais impõem?
Quando entendemos que todas imperfeições tipicamente humanas fazem parte do processo, liberamos um peso enorme das costas. Dessa maneira, não precisamos mais da aceitação alheia. Porém, isso não significa se acomodar e não querer melhorar certos aspectos, ao contrário! Significa focar no que se tem de melhor e procurar quais são seus diferenciais. No que você se destaca?
Um exemplo: você está em um processo seletivo para uma vaga dos sonhos em uma grande empresa. Quando perguntam qual o seu maior defeito, você responde sem pestanejar: sou perfeccionista. Tudo bem, você até pode ter esse traço muito marcante em sua personalidade. Mas, saiba que essa resposta pode contar alguns pontos negativos para o profissional que deseja a vaga.
Às vezes, um profissional que carrega uma certa tendência para a procrastinação ( aquele que viaja na maionese com mais frequência) mas possui uma criatividade fora da curva, e pode se encaixar muito bem em um departamento de criação e conteúdo.
Enquanto outro, que é mais cartesiano e racional, pode investir essa tendência em cargos mais analíticos e estratégicos, em vez de querer transmitir uma imagem “descolada” que não condiz com a própria personalidade.
Muitas vezes, o que você pensa que é um defeito é, na realidade, um baita diferencial!
Inteligência emocional contra ansiedade
A ansiedade, a baixa autoestima e esse sentimento de inadequação que permeiam os dias de hoje, nascem da falta de autoconhecimento. Quando entendemos quais são os nossos pontos fortes (e também os nossos desafios) passamos a ficar mais confortáveis na própria pele e os níveis de ansiedade caem drasticamente.
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