O autoconhecimento nem sempre é uma tarefa fácil. Ou porque talvez não estejamos preparados ou porque não nos sentimos dispostos a nos perceber em nossas relações, sejam elas pessoais ou profissionais.
Criada pelos psicólogos americanos Joseph Luth e Harrington Ingham, em 1965, a Janela de Johari, também conhecida como a Janela da Comunicação e a Janela do Autoconhecimento, é uma ferramenta que tem no feedback o seu principal instrumento para a formação da autoimagem.
A janela mostra a interação entre a nossa autopercepção e a maneira como somos vistos pelos outros e permite uma análise de como as pessoas se relacionam com as outras e consigo mesma.
O que determina o tamanho de cada vidraça é a predisposição de se expor e ouvir o outro, a partir da opinião ou feedback, e refletir a respeito. A importância está em descobrir aquilo que desconhece do eu (o eu cego), que passa a ser público.
Janela de Johari contribui com a comunicação interpessoal e os relacionamentos em grupo
Dentro do modelo criado pelos psicólogos, o “eu” está dividido em quatro partes como a vidraça de uma janela:
- Eu público
- Eu cego
- Eu secreto
- Eu desconhecido
Eu público
É aquilo que os outros vêem como você é e que você possui total compreensão de como você é. Pessoas que possuem essa janela bem desenvolvida costumam ser sinceras, são claras em seus posicionamentos e também consideram e ouvem a posição do outro.
Eu cego
É o campo desconhecido do eu, porém, é conhecido pelo outro. É o que você sabe, mas ninguém te conta ou, se contam, você não ouve. São as peculiaridades que os outros identificam em nós e aquilo que não enxergamos. Pessoas com um quadrante maior neste campo, comumente não buscam a opinião dos outros e não aceitam os feedbacks e possuem uma tendência a supervalorizar apenas o seu ponto de vista.
Eu secreto
Neste entram todas as características e sentimentos que o outro desconhece, mas conhecido do eu. É aquilo que você esconde, não mostra e não conta a ninguém. Pessoas com a janela grande neste quadrante, possuem um perfil de pessoas inseguras de se expor por medo da rejeição ou até mesmo como estratégia de manipulação.
Eu desconhecido
O que o outro desconhece e eu também desconheço. Nesse quadrante aparecem as aptidões ou sentimentos que ainda não se manifestaram. São aqueles indivíduos que comumente estabelecem uma relação mais fria e dificuldade de criar empatia.
Ampliar a janela do eu público. Quanto mais você se conhece e é conhecido pelo grupo com quem se relaciona, as chances de uma comunicação interpessoal saudável aumentam substancialmente. Além da relação de confiança que estabelecemos com o outro – sendo aquilo que somos e o que o outro espera de nós e, assim, viver de acordo com o nosso “eu” verdadeiro.
E então, como está a sua janela?