Empatia! Esse termo é a base do conceito da Comunicação Não-Violenta que foi sistematizada pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg. Segundo ele, a habilidade para se colocar no lugar de outra pessoa é a premissa para criar uma comunicação integral e mais saudável. Porém, “colocar o sapato do outro” é algo pode ser trabalhoso e desafiador. Quer entender melhor o que a Comunicação Não-Violenta propõe?

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Em primeiro lugar, faremos uma reflexão: quando foi a última vez que você discutiu com alguém? Vale para qualquer esfera da vida, tá? Pode ser com o parceiro(a), com seu chefe, com seu irmão, com seu filho ou com seu melhor amigo. Durante essa discussão, como você reagiu? Falou abertamente sobre os as coisas que te incomodam ou teve uma atitude passivo-agressiva, dando apenas “ dicas” do que você realmente pensa ou quer?

O que configura uma comunicação violenta?

Quando falamos em violência na hora de se comunicar, logo remetemos a gritos ou a agressividade em si. Muitas vezes, porém, a comunicação violenta reside em uma atitude passivo-agressiva. Isso ocorre ao tentar camuflar intenções e desejos reais, em posturas mesquinhas para irritar ou tentar empurrar o outro na direção que consideramos a mais correta.

Muitos problemas poderiam ser evitados, ou talvez remediados, investindo em uma comunicação mais compassiva.

“Por trás de todo comportamento existe uma necessidade”.

Marshall Rosenberg

A Frase de Marshall Rosenberg mostra que precisamos gastar mais energia para realizar uma avaliação aprofundada sobre os sinais que as pessoas nos dão ao ter uma atitude passivo-agressiva.

Afinal, como fazer isso? O primeiro passo é sair do piloto automático e barrar o condicionamento mecânico de pergunta/resposta e ir mais fundo em certas questões.

Vamos usar outra frase de Marshall Rosenberg que pode elucidar esse ponto: “Todo ato violento é uma expressão trágica de uma necessidade não atendida”. Afinal, como entender essa necessidade? É simples: com empatia.

É claro que na prática é bem mais complicado que isso. Diferente da empatia emocional – quando sentimos uma conexão natural pela dor do outro, sem precisar de muito empenho -,  na maioria das vezes será exigido de nós uma empatia cognitiva. Que é fazer um esforço consciente para compreender o que está escondido em uma atitude ou em uma fala violenta.

Os pilares da Comunicação Não-Violenta de Marshall Rosenberg

  • Observação
  • Sentimento
  • Necessidade
  • Pedido

Observação

Observar a situação sem julgamentos ou preconceitos é a primeira fase da Comunicação Não-Violenta. É preciso colocar o nosso foco no que está sendo dito de fato e evitar o papel de vítima ou entrar na defensiva.

Sentimento

Qual emoção foi desencadeada depois da discussão? O que você sentiu? Orgulho ou confiança? Ansiedade ou felicidade? Raiva ou vergonha? Essa fase é vital para os elementos que vem a seguir.

Necessidade

Embora pareça simples, é algo que exige um exercício de resignação. Nesta fase está a chave para a Comunicação Não-Violenta. É neste momento que, além de entender as suas emoções, você irá tentar entender as emoções do outro. O que de fato a pessoa está tentando te dizer? Qual a necessidade real dessa pessoa?

Pedido

Comunique seus sentimentos e desejos de maneira clara e proponha que o outro faça o mesmo.

Por fim, ser empático não é resolver o problema de ninguém. Aliás, é importante barrar essa ideia equivocada. Empatia é saber criar espaço! Deixar que o outro desabafe (sem julgamentos ou críticas) de tal forma que a pessoa consiga organizar as próprias emoções e pensamentos.

Se você sente que precisa eliminar alguns padrões de comportamento que tornam suas relações tóxicas, quer desenvolver sua capacidade de empatia e de comunicação, conheça o Método MD e transforme sua vida.