Há cerca de um ano e meio, estávamos falando sobre uma série de desajustes emocionais causados pelo isolamento imposto pelo novo Coronavírus. Hoje, com a vacinação em curso e uma certa trégua nos números da pandemia, a discussão é outra: os transtornos pós-pandêmicos.

Transtornos pós-pandêmicos e os efeitos do Coronavírus para a saúde emocional

No início da pandemia, ainda não tínhamos o verdadeiro panorama da situação. Era tudo tão novo, que ficava quase impossível prever certos cenários.

Meses depois, com milhões de vidas perdidas ao redor do mundo, todos esses desafios emocionais ganharam um novo contorno. De acordo com a OMS, esse vírus que invadiu todos os continentes, foi ainda mais desastroso que a Segunda Guerra Mundial.

É claro que tudo isso iria gerar um desgaste severo para a saúde mental e emocional de muita gente. E esse trauma já tem nome e uma sigla: Transtorno de Estresse Pós-Pandêmico (TEEP)

Sintomas do Transtorno de Estresse Pós-Pandêmico (TEEP)

Essa condição ainda não foi reconhecida como um problema de ordem mental. Mas, os especialistas da área alertam para uma explosão de casos e todo esse impacto exige atenção. Já que isso inclui um aumento considerável de alguns sintomas, como:

  • Ansiedade
  • Queda na motivação
  • Procrastinação
  • Sensação de impotência
  • Desordem no sono
  • Mudanças bruscas de apetite
  • Pensamentos negativos constantes
  • Fobia social e isolamento

 

Para quem já tem uma certa propensão para quadros ansiosos ou depressivos, isso pode ser ainda mais potencializado, o que exige uma atenção redobrada. É importante observar se os sintomas mencionados estão ocorrendo com frequência e procurar ajuda é fundamental.

Síndrome da gaiola: um dos Transtornos pós-pandêmicos

Outro comportamento que tem sido nomeado por especialistas como síndrome da gaiola também tem ganhado destaque. Mesmo não sendo um diagnóstico médico e sim um fenômeno comportamental, a síndrome tem preocupado por se tratar de um fenômeno pós-pandêmico crescente entre a população.

Ainda de acordo com os especialista, a intensidade desse medo de sair de casa e abandonar a vida através das telas, pode variar de acordo com os traços de personalidade e as bagagens emocionais de cada um.

Ou seja: tudo dependerá da habilidade individual para enfrentar as adversidades e lidar com as mudanças de cenários.

Sabemos que a pandemia representa um divisor de águas em muitos aspectos e o aparecimento de novos transtornos relacionados ao longo período de isolamento social são previstos. Por esse motivo, é preciso estar atento e buscar ajuda sempre que necessário.

Nessa hora, a Inteligência Emocional pode ser um recurso importante nesse processo. Já que ela permite uma percepção mais ampla sobre si mesmo, dos próprios padrões e emoções.